sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Desafios para o Serviço Social na Escola: Estratégias para abordagem das violências


A realidade escolar é muito desafiadora para o Assistente Social. Ainda que sejamos contemplado com uma lei municipal que garante nosso espaço, a realidade é que ainda temos muito a conquistar. Sobretudo na forma de enfrentamento, ou melhor, da abordagem dos diversos conteúdos transversais e das diversas problemáticas que cotidianamente eclodem no universo da escola.

Temos que refletir, em primeiro lugar, sobre quais são as atribuições e competências desse profissional. Depois, refletir em que âmbito se dará a sua atuação e, sobretudo, como garantir o apoio institucional, a compreensão, cooperação dos diversos atores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Ouso dizer, que esses mesmos desafios podem ser considerados para os psicólogos, mas deixo essa pra eles e elas.

Sobre as atribuições do Assistente Social no enfrentamento das violências no espaço escolar, precisamos refletir sobre dois aspectos: Primeiro: devemos atuar numa perspectiva macroescolar, buscando alternativas de solução que possam mobilizar toda escola? Ou, segundo: atuar pontualmente nos casos específicos de violências?

No primeiro, devemos considerar nossas competências, sobretudo no processo de levantamento de dados referentes a realidade da escola e da comunidade onde ela se situa e, a partir das conclusões, propor estratégias coletivas que possam criar uma cultura no espaço escolar de não-violência ou seja, cultura de paz.

Temos grandes desafios nesse enfoque. Em especial, nos tempos da escola. Uma infinidade de ocorrências, uma imersão quase total em demandas emergentes e numa dezena de projetos e atividades inesperadas (ou mal planejadas) provocam um sufocamento do profissional para a formação do coletivo escolar a partir de seus estudos ou observações.

Seria preciso alargar o tempo de planejamento e de formação no ambiente escolar. Proporcionar maior regularidade nos encontros pedagógicos e garantir maior espaço para que a equipe de especialista consiga conceber novas alternativas de intervenção. Para cooperação de todos, isso precisa ser dentro da semana e dentro do expediente dos profissionais. Ninguém mais fica feliz em ter que abdicar de seu final de semana para ir a reuniões que, algumas vezes, são improdutivas.

Hoje, com a conquista de um terço da nossa jornada para a qualificação profissional e planejamento, essa possibilidade de nos encontrarmos com maior frequência salta aos olhos, mas, infelizmente, esse espaço não tem sido bem aproveitado. Sobretudo, por que tem se concentrado para o trabalho da supervisão escolar.

No segundo, onde falo da nossa atuação de forma pontual, quero resgatar a ideia de que "é preciso toda uma aldeia para educar uma criança" (provérbio chinês). E, nessa perspectiva, um caso específico, poderá exigir do Assistente Social um trabalho contínuo e intenso, para tratar de apenas alguns poucos casos.

Nessa abordagem, devemos considerar que, ao nos debruçarmos sobre o caso de uma criança ou adolescente que seja vítima ou autor de algum tipo de violência, será preciso bem mais que um sermão na sala da direção ou dos especialistas e de uma convocação dos pais para que a situação seja resolvida. Será preciso acionar toda uma rede de proteção que, por conta da realidade em que vivemos, poderá não nos dá - com celeridade - as respostas que precisamos.

Em geral, temos tratados os casos mais gritantes com encaminhamentos para o Sistema de Defesa e ficamos aguardando que eles procedam com suas tarefas e resolvam o "problema", mas isso costuma fazer com que a escola se mantenha como uma espécie instituição legalista e isso ninguém quer.

Uma das razões para que isso venha acontecer está exatamente no acúmulo que se dá para os profissionais nos dois âmbitos. Ou seja, além de ter que atuar numa perspectiva macro, os profissionais precisam também trazer respostas para aspectos micro que cotidianamente surgem no ambiente escolar. E, em especial, pelo estrangulamento da atuação profissional por demandas que costumeiramente não deveriam ficar a cabo dos Especialistas. A exemplo de monitoramento nos horários de recreio ou nos refeitórios; organização de festas e eventos culturais, mediação de conflitos e, em alguns casos, trabalhos que poderiam ser feitos na Secretaria da Escola: organização de diários, notas, formulários e ofícios diversos(sendo esses últimos, menos comprometedores da atuação profissional, pois, em geral, ficam com a Supervisão Escolar).

sábado, 7 de janeiro de 2012

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Políticas e Educação: MAIORIA DOS MUNICÍPIOS PARAIBANOS NÃO CONTA COM CO...: Matéria publicada na versão online do Jornal da Paraíba, em 10/11/2011 ( JP Online ) registra que, dos 223 municípios do Estado da Paraíb...