segunda-feira, 28 de março de 2011

Pela Paixão, não somente pelo Bônus

Acaso podemos fazer mais do que aquilo que nos provoca o nosso coração? Sem paixão é impossível realizar algo que realmente nos faça feliz. Eis aqui a principal razão para chegarmos ao fim do ano com resultados melhores que em 2010 na educação. Não se trata de fazer de tudo pra receber um "bônus" e sim fazer de tudo porque somos apaixonados pelo que fazemos.

A educação é uma missão e, como toda missão, precisa ser feita como uma espécie de sacerdócio. Se existe algum prêmio que precisamos almejar é a valorização profissional que é concretamente manifesta no valor da remuneração mensal que recebemos e não numa bagatela anual. E, neste sentido, ainda temos muito o que andar.

Mas, não se faz educação numa perspectiva mercenária. O reconhecimento profissional é direito previsto em lei e não um favor. Por isso, esperar aumento de salário num nível que corrija distorções históricas é mais do que urgente, é urgentíssimo. Pois, o ensino fundamental exige muito mais competência e capacidade pedagógica que a docência superior.

Também devemos vislumbrar que o mérito não cabe ao governante de plantão, mas a cada profissional que na ponta do serviço dá o melhor di si para que cada aluno atinja um nível melhor da suas competências.

Fazer por paixão também não é fazer no calor do momento e como que no improviso. É preciso que as ações sejam planejadas. As nações planejam para 50 anos, os Estados para 20 ou 30 anos, os municípios podem planejar para 15 ou 30 anos. A escola não pode planejar como se toda sua vida estivesse em apenas um ano. Paixão exige projetos de longo prazo, visão de futuro, ação imediata e ação "profética" afinal, prever o futuro é nosso maior trunfo.

Enfim, nossa paixão pela educação nos levar a fazer cada dia melhor e vislumbrar anos que belas colheitas de frutos que plantamos hoje, que plantamos amanhão. Frutos que colhemos também agora, mas que são frutos do futuro. Quem faz educação trabalha com uma máquina do tempo capaz de viajar anos a frente.

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