quinta-feira, 31 de março de 2011

Planejamento Estratégico

Antes de ler, não deixe de assistir esse breve vídeo.

Nestes dias estive pensando a respeito dos fatores importantes que podem nos levar ao sucesso. Pude lembrar de alguns pontos como motivação, integração de equipe, compromisso pessoal, unidade e planejamento.

É certo que temos grandes desafios em todos os aspectos mas podemos considerar que o Planejamento é uma necessidade estratégica. Não dá pra dizer que não planejamos. Planejamos sim. E planejamos na devida proporção de tempo que temos disponível para isso. Então, será que temos questões que precisam ser resolvidas?

Sim! Temos alguns aspectos que precisam ser melhor trabalhados. Basicamente, penso que o planejamento precisa ser pensado a partir de três grandes eixos temporais: Curto, Médio e Longo prazo. E não é custoso lembrar que este deve ser um processo coletivo com tomada de decisões convergentes em todos os aspectos.

Planejar é a arte de prever o futuro com a devida capacidade para agir sobre ele e modificar circunstâncias.

"Planejamento é a ferramenta para pensar e agir dentro de uma sistemática analítica própria, estudando as situações, prevendo seus limites e suas possibilidades, propondo-se objetivos, definindo-se estratégias" (Baptista, 2000).

O planejamento numa perspectiva temporal poderá ser realizado dia a dia, mês a mês, ano a ano ou para décadas. Por exemplo, uma nação jamais será grande se não pensar em termos de décadas para realizar seu planejamento ao mesmo tempo que deve resolver os desafios de cada ano, de cada mês e de cada dia, porém, se fica focada somente no cotidiano com certeza está fadada a ser uma mera nação subdesenvolvida ou, nos termos da moda: emergente.

A escola é uma instituição de grande porte de relevante serviço prestado. Sua função social exige bem mais que a execução de tarefas cotidianas de cumprimento de rotinas por vezes pouco reflexivas. A escola exige um pensamento organizado para além do cotidiano, para além de um bimestre, para além de um ano.

Acredito que a escola precisa pensar em pelo menos o processo de nove anos. E, ainda mais, vislumbrar os caminhos que seus alunos e sua equipe tomarão após esse período. Somente dessa forma podemos cumprir plenamente a função social da escola.

Em relação a equipe, é preciso pensar e reconhecer competências. Promover os atores e garantir um processo contínuo de qualificação que leve em consideração os conhecimentos e as competências já adquiridas. O processo formativo não deve ser mero cumprimento de uma agenda e execução de uma rúbrica.

Somos levados a evolução contínua. Não dá pra pensar num processo formativo para os profissionais da educação que não incentive o desenvolvimento de especializações, mestrados e doutorados. Não dá pra pensar numa carreira na qual não haja uma efetiva ascensão vertical e horizontal. E isso não deve ser num processo que só se alcança no final da carreira.

Dados esses destaques vale lembrar que o planejamento deve ser considerado como um proceso político que resulta do fato de ser contínuo para tomada  de decisões envolvendo relações de poder. Portanto, planejar é antes de tudo uma função política. Planejar ou não planejar pode caracterizar um escolha estratégica que tem impactos nas funções de poder.

Baptista (2000) destaca que "o jogo de vontades políticas dos diferentes grupos envolvidos, a correlação de forças, a articulação desses grupos, as alianças ou as incompatibilidades existentes entre diversos segmentos" devem ser considerados a apreendidos pelo equipe que planeja.

Mas esses são somente alguns dos aspectos teóricos que precisamos levar em consideração. Na prática, imagino o planejamento básico de uma escola com as seguintes características:
1) O planejamento deve ser feito a partir de três tempos:
- Primeiro: O que queremos efetivamente alcançar ao longo de nove anos letivos?
- Segundo: Durante um ano letivo o que pretendemos alcançar?
- Terceiro: Quais as ações e tarefas básicas para cada bimestre? Neste último, incluam-se as rotinas diárias.

É descabido o pensamento e a ação de fazer a escola pensando semana a semana, mês a mês sem um projeto de longo prazo que seja amplamente conhecido e incorporado a nossa consciência coletiva. Basicamente isso vai definir se vamos ter ou não um aluno que chega ao nono ano com ou sem a competência para ler e interpretar uma informação seja ela de qual natureza for.

A maior evidência da falha no planejamento são as agendas repentinas surgidas para serem cumpridas de imediato sem que qualquer um tenha tomado conhecimento delas. E, até mesmo eventos muito previsíveis como as datas comemorativas que algumas vezes nos pegam de surpresa.

Planejar é como um exercício profético e prever o futuro é sua maior habilidade. Ser flexível e criativo as emergências é parte disso.

Enfim, mas não concluindo, é importante que um planejamento qualificado requer tempo, dedicação e esforço e, sobretudo competência para visualizar todo um conjunto de demandas, necessidades e ações de curto, médio e longo prazo. Mas de nada adianta um planejamento de primeira sem as devidas ações.

SE VOCÊ FALHA EM PLANEJAR, ESTÁ PLANEJANDO FALHAR (Lair Ribeiro)

Nenhum comentário:

Postar um comentário